Meia noite e trinta minutos de um Domingo estranho e modorrento
Fujo dos meus pensamentos atrozes que me fazem chorar
Preciso sair de casa, preciso ver o mar
Se eu tivesse cachorro, eu daria uma volta com ele, talvez afugentasse algumas mágoas
Mágoas que racionalmente não deveriam se expressar
Mas não é fácil convencer meu coração
Preciso fugir
Correr nu pela rua silenciosa
Preciso ser notado em meu anonimato
Penso no álcool como uma solução mais imediatista
Mas minha pouca crença acha que não me fará bem
Queria fumar, e ver a sensível dança que a fumaça faz ao entrar e sair do meu corpo
Será que ela me purificaria? Será que ela carregaria de mim essa angústia?
Por Deus, preciso sair
E o farei agora, sem demora
Caminharei a exaustão, ou apenas por alguns minutos
Viver também é sofre
“tristeza não tem fim, felicidade sim”
J. Compasso
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