quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ho’oponopono

Há muito tempo atrás recebi um e-mail cujo nome era Ho’oponopono. O estranhamento foi minha primeira sensação, logo seguida pela curiosidade. Comecei a ler meio despretensioso como quem lê mais um daqueles e-mails de conteúdo duvidoso que rodam o mundo em correntes virtuais. No caso desses e-mails, tenho tolerância de três linhas até apagá-los, no máximo de um parágrafo, caso esteja de bom humor. Se passo dessa minha “censura”, é sinal de que o conteúdo merece atenção.

Assim foi com este e-mail o qual é motivo hoje de minha reflexão. A história tem no papel principal um psicólogo havaiano. Seu nome, Dr. Ihaleakala Hew Len. Ele havia trabalhado no Hospital Estatal do Havaí durante quatro anos. No pavilhão onde estavam os loucos criminais de maior periculosidade. Neste ambiente hostil, era normal, os psicólogos pedirem demissão após um mês de trabalho. A maioria das pessoas do hospital adoecia ou se demitia. O medo reinava e as pessoas evitavam aquele lugar; seja para trabalhar, viver ou visitar.

Ao assumir o trabalho no hospital e a difícil tarefa que se apresentava, fez uma exigência estranha. Não teria contato com os presos, trabalharia em uma sala do hospital. Assim, passava todo o seu expediente lendo os portuários dos doentes e trabalhando sobre si mesmo. Dentro de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente. Outros, que tinham que ficar fortemente medicados, começaram a ter sua medicação reduzida. E aqueles, que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta.

Fiz o mesmo questionamento que fazem agora, como “trabalhando sobre si mesmo?”. Ele simplesmente curava nele o que criara de doente no outro. Ele acredita que tudo que esta ao nosso redor, é de nossa responsabilidade, porque de alguma forma interferimos nesse mundo criado por nós (se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é a sua responsabilidade, porque está em sua vida). E sua cura partia por bem dizer de um mantra, “Ho’oponopono”, que significa, “Sinto muito, te amo”. Hoje, o hospital está fechado, devido não existirem mais doentes. O Dr. Len virou uma espécie de Xamã avô e vive solitário.

Achei muito interessante essa história, por acreditar na cura pela energia. E resolvi por em prática esse “ensinamento”. Infalivelmente, funcionou em todos os momentos. Quando me desentendo com alguém, procuro exercitar o Ho’oponopono e geralmente, recebo um pedido de desculpas, ou uma mensagem de paz.

Sinto muito. Te amo.

J. Compasso

“O problema não está neles, está em você, e, para mudá-lo, você é quem tem que mudar”

Fonte: http://www.luzdegaia.org/aajuda/ho.htm
Pélicula: Bottle Shock (2008) - Dir. Randall Miller
Vitrola: Jundiaria – Arnaldo Antunes

3 comentários:

  1. Pois é. Nós temos responsabilidade sobre muita coisa, mas nunca achamos que o seja. Você disse bem, o problema não está nele, mas na gente. Eles são o reflexo da gente. Ninguém muda ninguém, nós só mudamos a nós mesmos.

    Beijo grande!

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  2. Muitoo loco isso hein!sabe que não tinha parado pra analisar?! de fato! há muitas coisas, mas será será que "tudo"?!?!impressionante quando eu penso que se ele curou os doentes, porque não "tudo"??!!

    por hora isso não me sai da cabeça.

    grande beijo!

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  3. Texto lindo, João!

    Caiu como uma luva. Estava ontem mesmo conversando com um amigo que não adianta culpar o mundo de tudo. Ainda que ele tenha essa culpa, mais fácil começar mudando você.

    Obrigada!

    Beijos

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