segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cachola Ociosa

A vida costuma passar bem em frente aos nossos olhos. Fazer-se valer dos verbos; desejar, tentar, viver, é outra questão, diria que um mote de escolha. Não temos muito tempo para pensar, já estamos ao vivo e por isso, em muitos momentos, ligamos o piloto automático e seguimos. Sem consciência de quem somos nós, dos nossos objetivos de vida, das nossas escolhas. Somos parados pelo medo e abandonamos sonhos para seguirmos caminhos mais amenos. A dificuldade faz parte do prêmio, ou da evolução (como quer que seja). Os melhores esportistas do mundo que os diga. Então, quando mais tarde acordar e sentir o corpo pesado, as mãos trêmulas e o enfado da vida de ter deixado de realizar sonhos que desejará e agora apenas reside em uma cachola velha, saberás que foi sua opção. Esse sonho que você ainda o cultiva ninguém jamais o conhecerá (porque não vivestes e conseqüentemente não tens histórias para contar) e viverás com esse segredo–amargo. Essa eterna sensação de quem quase viveu, e como diz o poeta, “quem quase vive, já está morto”. Abra os olhos, levante e faça. Você ainda respira.

J. Compasso

Vitrola: Amen Omen - Ben Haper

3 comentários:

  1. Viva, não deixei que os outros ou as coisas vivam por vc... não deixe a vida passar pelos seus olhos!

    bjosss!!!


    aislinnahimana.blogger.com.br

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. O pulso ainda pulsa. Só mesmo um susto grande ou uma nova paixão pra nos tirar dessa inércia cotidiana. BeiJõao!

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